Jhonatas Monteiro e Marcela Prest se reuniram com as mulheres do Beco da Energia

ASCOM Jhonatas Monteiro

Na última terça-feira (18) nosso mandato esteve no Beco da Energia junto com a presidenta municipal do PSOL de Feira de Santana, Marcela Prest, para dialogar com as donas de casa do local sobre intervenções realizadas na área. A conversa foi solicitada pelas próprias moradoras e a principal queixa apresentada foi a falta de diálogo por parte de proponentes de projetos culturais voltados para o local.

A rua 13 de Novembro, popularmente chamada de Beco da Energia, é uma transversal estreita entre as ruas Marechal Deodoro e Conselheiro Franco, historicamente conhecida em Feira de Santana por seus bares e como zona de prostituição. Nos últimos anos o Beco foi alvo de iniciativas culturais independentes, propostas por artistas locais, ligadas à revitalização através da pintura, do grafite e da promoção de eventos, e que eram vistas de forma bastante positiva pelas residentes. A mais recente iniciativa cultural, entretanto, tem sido questionada pelas moradoras, em sua maioria mulheres negras e de baixa renda, por ter quebrado a dinâmica de envolvimento e de escuta no seu processo de organização. Elas prepararam uma nota de repúdio e reivindicam que suas realidades sejam consideradas para a realização das intervenções. Além disso, pedem atenção por parte do poder público, pois o Beco carece de serviços essenciais como iluminação, segurança e coleta de lixo. A situação de abandono é reforçada pelo estigma que o local carrega em função da prostituição, que ainda hoje é a atividade de trabalho e fonte de sustento para muitas das mulheres que vivem ali, e que são invisibilziadas em função do preconceito.

Durante a reunião elas apresentaram uma proposta de tombamento do espaço, dada a importância histórica e cultural do local para o município, o que também poderia contribuir para a sua preservação e reconhecimento. Diante das demandas apresentadas, nosso mandato assumiu o compromisso de mediar a situação relacionada às intervenções culturais, levar ao poder público os problemas com os serviços essenciais no sentido da elaboração de políticas públicas e também contribuir com o desenvolvimento de um projeto de revitalização da área a partir de um processo amplo de diálogo com todos os segmentos que vivenciam o cotidiano do Beco. Juntas e juntos podemos construir as melhorias que o Beco da Energia e suas moradoras têm direito.

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