Posse, eleição da mesa diretora da Câmara e os primeiros passos do mandato do PSOL
Por Ascom Jhonatas Monteiro
Neste início de ano, Jhonatas Monteiro tomou posse na Câmara Municipal, assumindo oficialmente seu mandato como vereador. Este é o primeiro mandato do PSOL em Feira de Santana e é fruto do trabalho coletivo de pessoas filiadas ou não, que acreditaram e defenderam um projeto político popular e a retomada da Câmara enquanto espaço voltado para o debate de temas importantes pra quem sente na pele os problemas do município.
Após a posse, que ocorreu no dia 01 de janeiro, os trabalhos legislativos entraram em recesso e serão retomados no início de fevereiro. Até lá, o mandato segue em diálogo com os diversos setores que impulsionam a luta social em Feira, realizará atividades de planejamento e “arrumação da casa” para o início desta nova etapa e também irá preparar as primeiras iniciativas legislativas que serão apresentadas após o retorno das atividades parlamentares. Neste dia 07 de janeiro, Jhonatas falou sobre a necessidade e sua defesa junto à mesa diretora da Câmara da redução dos salários de vereadoras e vereadores feirenses.
No dia da posse houve também a eleição interna para a escolha da presidência e da mesa diretiva da Câmara, posições de extrema relevância, pois influenciarão diretamente o encaminhamento dos trabalhos legislativos ao longo dos próximos dois anos. Houve a inscrição de apenas uma chapa, numa coalisão entre a maioria dos partidos presentes, incluindo vereadoras e vereadores da base do prefeito Colbert Martins. O PSOL se absteve de votar na chapa, o que garantiu o direito de usar a palavra na tribuna para declarar o voto.
Na sua fala de declaração de voto, Jhonatas destacou a importância da garantia de independência de quem quer que ocupe a presidência, o que não vinha acontecendo ao longo dos últimos vinte anos, período no qual a Câmara se mostrou subserviente ao grupo político que atualmente está na prefeitura. A chapa de coalizão seria, desta forma, uma aposta, não havendo garantias de que as vereadoras e vereadores receberão tratamento respeitoso e equitativo, o que só poderá ser verificado no dia a dia.
“É um compromisso que se espera que se cumpra. Que haja respeito à posição de oposição nesta casa, mas mais do que isso, à necessidade de independência desta casa frente àquilo que a prefeitura impõe como fato consumado.”
Dada a composição conservadora da Câmara Municipal, o trabalho da oposição não deverá ser fácil. A coerência com o projeto político construído coletivamente pelo PSOL, no entanto, sempre será o caminho para que o mandato cumpra com sucesso o objetivo de ir à raiz dos problemas e transformar Feira de Santana em benefício de quem sente na pele a exploração, a opressão e a negação de direitos todos os dias.
Fotos: (1) Ascom Câmara Municipal de Feira de Santana; (2) Ascom Jhonatas Monteiro